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Um chamado para plantar igrejas em toda parte

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O Rev. Juarez Gonçalves admite espontaneamente que foi primeiro sua esposa, a Revda. Clauri Gonçalves, que teve um coração para a missão e ouviu o chamado de Deus para espalhar o evangelho. Eles se conheceram no seminário enquanto estudavam para se tornarem pastores da Igreja Metodista no Brasil. Clauri participou de uma viagem missionária na região norte do Brasil, que os metodistas chamam de Região Missionária da Amazônia (REMA). Ela ouviu o chamado de Deus naquela viagem. Quando Clauri compartilhou seu coração com Juarez, a missão se tornou seu chamado também.

No Brasil, eles serviram como pastores de igrejas locais por cerca de 20 anos. Juarez também atuou como superintendente distrital e assistente do bispo na Quinta Região Eclesiástica. Eles nunca esqueceram sua paixão pela missão.

Durante 10 desses anos, Juarez Gonçalves coordenou um projeto missionário anual no Brasil chamado “Uma Semana para Jesus”, um grande alcance evangelístico em lugares com poucas igrejas metodistas, geralmente em áreas rurais ou em comunidades pobres das cidades. Durante uma semana, pregadores e professores metodistas, trabalhadores da construção civil, pintores, eletricistas, médicos e outros profissionais da área médica se reuniram para servir a comunidade selecionada de diferentes maneiras. O foco do evento foi a construção de uma nova instalação da igreja. Quando a semana terminou, o escopo e o tamanho do projeto atraíram de 100 a 200 pessoas locais que geralmente estavam dispostas a se tornar a congregação da nova igreja, e os metodistas brasileiros nomearam um pastor para liderá-los.

Em 2000, a Igreja Metodista no Brasil e os Ministérios Globais fizeram uma parceria para enviar Juarez como missionário para a Conferência da Nova Inglaterra da Igreja Metodista Unida como plantador de igrejas para comunidades de língua portuguesa, principalmente brasileiras. No ano seguinte, Juarez, Clauri e seus três filhos se mudaram para a área de Boston para começar a nova missão.

Rev. Juarez Gonçalves, missionário metodista do Brasil que atua na Conferência de New England. Foto cortesia da IMU Family.

Rev. Juarez Gonçalves, missionário metodista do Brasil que atua na Conferência de New England. Foto cortesia da IMU Family.

 

Método Wesleyano no estilo brasileiro

Embora existam centenas de milhares de brasileiros vivendo na área de Boston, os Gonçalves não tinham a opção da “Semana de Jesus” para plantar uma igreja pronta de 200 membros. Em vez disso, eles empregaram o método Wesleyano de reunir as pessoas em pequenos grupos para estudar a Bíblia em sua casa. Gonçalves explicou que, entre a população brasileira, há muitos solteiros indocumentados que sentem falta de casa e encontram uma “família” nas reuniões dos pequenos grupos. As notícias circulavam na comunidade e, em pouco tempo, o grupo havia crescido para 30 ou 40, então os Gonçalves procuraram um parceiro da Igreja Metodista Unida nas proximidades disposto a fornecer um local de reunião maior e de localização central para o ministério emergente, que encontraram em Malden, Massachussets.

Em 2004, a Igreja Metodista Unida Family, nome da congregação brasileira, teve a oportunidade de adquirir uma Igreja Metodista Unida em Saugus que estava programada para fechar. Em vez disso, a congregação brasileira trouxe nova vida ao prédio e à comunidade. A igreja foi fundada em 2007 como Igreja Metodista Unida, não mais com a designação de igreja missionária.

Em sua nova casa, a congregação continuou a crescer. Os Gonçalves replicaram os estudos bíblicos em pequenos grupos nos lares dos leigos mais distantes da igreja, que então superaram suas bases domésticas e encontraram outros parceiros da Igreja Metodista Unida dispostos a hospedar congregações emergentes.

Nos 20 anos em que a família Gonçalves viveu e trabalhou nos Estados Unidos, eles coordenaram a plantação de sete igrejas na Associação da Nova Inglaterra, ramificadas da IMU Family, em Saugus. Isso também significou que eles tiveram que encontrar uma maneira de treinar pastores locais de língua portuguesa para liderar as novas congregações.

Crescimento de recursos de novos parceiros

Encontrar um curso de teologia wesleyana ministrado em português nos Estados Unidos provou ser um desafio formidável, mas a longa experiência de Gonçalves, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, e seus contatos através dos Ministérios Globais e do National Plan for Hispanic/Latino Ministry (Plano Nacional para o Ministério Hispânico/Latino) acabaram levando a uma solução.

“Em 2016, decidimos iniciar um programa em português para a formação de pastores locais”, disse. “Fizemos um acordo com a Garrett Evangelical Theological Seminary Education Agency (Agência de Educação do Seminário Teológico Evangélico Garrett) em Evanston, Illinois, Universidade de Boston e a Conferência de New England.”

“Finalmente, começamos a treinar os novos pastores, homens e mulheres. Agora temos um grupo de cerca de 10 pastores que estão sendo treinados. Já treinamos 20 pastores – cinco dos quais estão trabalhando em igrejas locais e mais 10 que estão em processo. Isso nos ajudou muito com o avanço deste ministério e com a plantação de novas igrejas.”

IMU Family em Saugus, Massachusetts, celebra o Dia Internacional da Mulher. FOTO: Cortesia da IMU Family.

IMU Family em Saugus, Massachusetts, celebra o Dia Internacional da Mulher. Foto cortesia da IMU Family.

 

Em 2019, a designação missionária de Juarez foi expandida para servir em meio período como coordenadora dos ministérios hispânicos e latinos da Conferência de New England. Além das congregações brasileiras, ele agora conta com congregações de língua espanhola.

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Enquanto isso, uma segunda geração de jovens e adultos brasileiros de língua inglesa está povoando as novas igrejas, então Gonçalves diz que a maioria das igrejas pode ser descrita como multicultural e multilíngue. Alguns brasileiros se casaram com americanos e alguns americanos que não são de ascendência brasileira e pessoas de vários países hispânicos também se uniram às igrejas. A maioria dos serviços agora é bilíngue, trilíngue ou oferece tradução.

A jornada é longa

Enquanto ajudava os imigrantes brasileiros a navegar pela vida nos EUA, a família Gonçalves também sofreu perdas. O filho do meio morreu de câncer aos 23 anos. Ele estava profundamente envolvido no ministério da igreja. O filho mais velho voltou ao Brasil e está criando a família lá. O mais novo deles se casou e mora nos EUA, e ele e a esposa estão esperando o primeiro filho.

Os brasileiros, sendo uma comunidade de imigrantes que sobrevivem de trabalhos de construção e serviços, foram afetados pelo COVID-19, com muitos adoecendo ou perdendo familiares. A impossibilidade de se encontrar presencialmente também foi um desafio para essa comunidade. Na época em que os serviços regulares foram retomados, outra onda do vírus se espalhou. Gonçalves disse em uma entrevista em meados de janeiro: “Aqui a variante Ômicron da COVID foi muito forte. Praticamente metade da igreja tem e a outra metade tem gripe. Esta semana o termômetro atingiu -3°.”

Enquanto Gonçalves está trabalhando em comunidades de imigrantes, ele também acredita que esse retorno a um método Wesleyano de reuniões de pequenos grupos para crescimento espiritual pode ter um efeito profundo para novas igrejas multiculturais nos EUA. Ele contou uma média de 10 fechamentos de igrejas na conferência cada ano.

“Acredito que as igrejas brasileiras vão se tornar igrejas multiculturais”, previu Gonçalves. “E acredito que essa experiência pode ser compartilhada com as igrejas americanas. Quem conhece a possibilidade de renovação evangelística e paixão criada através dos pequenos grupos? Deus sabe – e é nosso chamado seguir onde Deus nos guiar”.

 

*Christie R. House é escritora consultora e editora dos Ministérios Globais e da UMCOR. O Rev. Juarez Gonçalves pode ser apoiado através do Advance e através de parcerias de aliança com igrejas Metodistas Unidas.

**Sara de Paula é tradutora independente. Para contatá-la, escreva para IMU_Hispana-Latina@umcom.org. Para ler mais notícias Metodistas Unidas, assine o resumo quinzenal gratuito.

Durante o intervalo, os delegados e observadores formaram um círculo de 200 a 300 pessoas, batendo palmas e cantando hinos como "Child of God" e "Draw the Circle Wide".

Muitos abraçaram-se e mais do mais alguns choraram, numa libertação em massa de alegria para aqueles que tinham pressionado, alguns durante décadas, para tornar a Igreja Metodista Unida totalmente inclusiva.

A cena foi um contraste marcante com a da Conferência Geral especial em St. Louis em 2019, que deixou progressistas e muitos centristas na denominação perturbados com o endurecimento das restrições contra a participação LGBTQ.

Marilyn Murphy, uma observadora da Conferência da Carolina do Sul que viu a igreja debater esta questão durante décadas, disse que ficou surpreendida por ter sido incluída no calendário de consentimento, mas não surpreendida por ter sido aprovada.

"Temos feito isto desde os anos 70 e, finalmente, em poucos minutos, sem qualquer debate, o assunto desapareceu. E agora podemos continuar com os assuntos da igreja".

Virginia Lee, uma observadora da Conferência da Virgínia, partilhou a sua alegria.

"É um grande dia! E isso diz tudo".

Esta é uma história em desenvolvimento.

Sam Hodges e Jessica Brodie, da Nótícias MU, contribuíram para este relatório.

*Amanda Santos é tradutora independente. Para contatá-la, escreva para Rev. Gustavo Vasquez, editor de notícias, newsdesk@umcom.org.
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