Pontos chave:
- Harriett Jane Olson abraça a aposentadoria ao relembrar sua carreira gratificante como advogada, editora e alta executiva das Mulheres Unidas na Fé.
- Moldada pela Igreja Metodista Unida Emmanuel em Oaklyn, Nova Jersey, Olson lembra: “Era uma igreja muito focada na Bíblia… onde assumimos que o texto deveria afetar o que você faz”.
- Uma delegada para a próxima Conferência Geral, Olson diz que espera “observar para ver onde os anjos estão agitando as águas”.
O cuidado com a criação de Deus tem sido um tema central na vida de Harriett Jane Olson.
Olson se aposentou após 15 anos como principal executiva das Mulheres Metodistas Unidas na fé em 5 de maio.
Ela pode traçar sua paixão pela criação desde a infância, quando menina, foi de porta em porta com uma petição pedindo às mães de sua vizinhança que se comprometessem a usar sabão em pó sem fosfatos.
“Um dos riachos perto da minha casa tinha algum acúmulo e eles decidiram que parte disso era causado por sabão em pó”, disse ela. “Eu provavelmente estava no ensino médio.”
Seus anos de formação foram passados na Igreja Metodista Unida Emmanuel em Oaklyn, Nova Jersey. Ela, sua irmã e irmão eram ativos no coral, grupo de jovens e acampamento de verão.
“Era uma igreja muito focada na Bíblia”, disse ela. “Era um lugar onde assumimos que o texto deveria afetar o que você faz.
“É interessante para mim olhar para trás e ver a prática das leis ambientais, os compromissos que tentamos cumprir na Editora Metodista Unida, usando papel não branqueado e agora o compromisso da Mulheres Unidas na Fé com a justiça climática”, acrescentou.
Janet Jonas (à esquerda) visita Harriett Jane Olson na Fundo de Defesa das Crianças Escola da Liberdade na Escola Primária Lincoln Park em Columbus, Ohio. O Dia de Serviço Ubuntu fez parte da Assembleia de Mulheres Metodistas Unidas de 2018. Olson, que se aposentou em maio, atuou por 15 anos como principal executiva da agência feminina. Foto de arquivo por Mike DuBose, Notícias UM
Advogada e graduada pela Faculdade de Direito de Harvard, Olson foi sócia do escritório de advocacia Pitney, Hardin, Kipp e Szuch de Morristown, Nova Jersey, especializando-se em direito ambiental de 1983 a 1996. Ela foi membra da Igreja Metodista Unida de Morristown desde 1983.
De 1996 a 2007, ela trabalhou na Casa Publicadora Metodista Unida em Nashville como vice-presidente sênior de publicação, responsável pelo desenvolvimento, produção e distribuição comercial de recursos da Abingdon Press, Cokesbury e Kingwood Books.
“As diferentes funções me deram a oportunidade de aprender coisas diferentes”, disse Olson. “Durante toda a minha vida adulta, estive empenhada em trabalhar na formação da fé com um ou outro grupo.”
Durante o seu mandato de 15 anos, as Mulheres Metodistas Unidas separaram-se do seu corpo administrativo, a Divisão de Mulheres do Conselho Metodista Unida dos Ministérios Globais, e tornaram-se uma organização independente.
“Assumimos a responsabilidade direta por nosso trabalho histórico de reconexão com diaconisas e missionários locais”, disse ela.
Recentemente, a organização teve o lançamento de uma nova marca e se tornou Mulheres Unidas na Fé para deixar claro que estava aberta a mulheres dentro e fora da Igreja Metodista Unida.
“Estou orgulhosa da equipe e dos líderes de todo o país”, disse Olson.
Cynthia Rives, vice-presidente nacional da Mulheres Unidas na Fé, disse que Olson liderou com “sabedoria, coragem, intencionalidade, fidelidade e, o mais importante, ela nos liderou com amor”.
Rives acrescentou: “Ela influenciou, orientou, confortou e animou mulheres de todas as conferências da Igreja Metodista Unida e milhares em todo o mundo”.
Daryl Junes-Joe, que está cumprindo seu segundo mandato como diretora nacional e atualmente preside o comitê de governo, compartilhou seus elogios e votos de felicidades para Olson.
“Sou grata por nosso Criador ter colocado Harriet Olson em meu caminho”, disse Junes-Joe, da Nação Navajo em Shiprock, Novo México, Conferência do Novo México. “Para Harriet, eu digo, 'Ahéhee' (obrigado) por seu serviço e amizade. Minha oração é por bênçãos abundantes enquanto você continua sua 'caminhada na beleza' em seu próximo empreendimento.”
Yvette Richards, presidente nacional de 2012-16 das Mulheres Metodistas Unidas, disse que algumas de suas melhores lembranças de Olson são de suas viagens.
As duas participaram da assembléia do Conselho Mundial de Igrejas em Busan, Coréia, em 2013.
“Enquanto estávamos em Busan, nós duas tivemos uma oportunidade única de levar a mensagem do culto de domingo a uma casa de meninas que foram violentadas por membros da família. Compartilhar a mensagem, permanecer firme em nossa fé e encorajar aquelas jovens estão para sempre em minha mente e coração”, disse Richards.
Harriett Jane Olson (à direita) e Yvette Richards (à esquerda) das Mulheres Metodistas Unidas ao lado de Hillary Rodham Clinton depois que Clinton se dirigiu à Assembleia de Mulheres em 2014 em Louisville, Ky. Olson se aposentou em maio, após 15 anos como principal executiva da agência, que é agora chamada Mulheres Unidas na Fé. Foto de arquivo por Mike DuBose, Notícias MU.
Olson também tem muitas lembranças do trabalho realizado pela organização.
“No aniversário de 10 anos do 11 de setembro, gravamos entrevistas com líderes religiosos de várias tradições com a pergunta: 'Quem é meu próximo?'”, disse ela. “Foi uma tarde tão poderosa. A conversa foi sobre como as três religiões abraâmicas veem quem é o seu próximo.”
Em 2012, as Mulheres Metodistas Unidas financiaram e criaram cartazes para combater uma campanha pró-Israel e anti-muçulmana nos metrôs. Os anúncios diziam em parte: “Apoie Israel. Derrote a Jihad.”
“Ficou claro para nós que esse tipo de declaração não poderia permanecer”, disse Olson.
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Homenageando Olson
A Mulheres Unidas na Fé convida os membros a homenagear Harriett Jane Olson com um presente para a missão.
Os pôsteres desenhados pelas Mulheres Metodistas Unidas tinham texto branco sobre um fundo verde-limão que dizia: “Discurso de ódio não é civilizado. Apoie a paz em palavras e ações.”
“Conseguimos fazer isso muito rapidamente e conseguimos que a MTA (Autoridade Metropolitana de Transportes) na cidade de Nova York os postasse lado a lado”, disse ela. “Eu participei de reuniões nas quais compartilhei com os membros que, como eles doam dinheiro sem restrições, não precisávamos parar e arrecadar fundos para isso. Poderíamos responder no momento.”
A resposta dos membros foi impressionante, disse ela.
Os cartazes anti-muçulmanos foram provocados por um clamor público sobre um centro islâmico planejado perto do local do edifício World Trade Center.
“Um dos líderes religiosos daquela mesquita disse que nossa resposta foi tão poderosa para sua comunidade”, lembrou Olson, “e foi incrivelmente comovente saber que fomos capazes de nos levantar”.
Olson disse que tem sido seu trabalho ajudar as pessoas a ver o trabalho que as Mulheres Unidas na Fé estão fazendo e o impacto que elas têm no mundo.
“Ajudar as pessoas a fazer essas conexões e ver o trabalho de uma forma mais completa é incrivelmente recompensador – exigente, mas maravilhoso.”
Olson disse que os últimos anos foram difíceis com distanciamento social e limites de viagens. Assim que isso está terminando, ela está se mudando para um “lugar diferente”.
Delegada da Conferência Geral Metodista Unida do próximo ano, ela sabe que será um período difícil, mas também uma oportunidade maravilhosa.
“Por um lado, devemos aproveitá-lo”, disse Olson. “Os recursos serão diferentes e as necessidades serão diferentes, mas temos a oportunidade de aproveitá-los.
“Acho que precisamos pegá-lo, não arrastando os calcanhares, mas agarrá-lo, observando para ver onde os anjos estão agitando as águas.”
*Gilbert é redatora freelancer em Nashville, Tennessee. Contato para notícias da UM: Julie Dwyer, editora de notícias, newsdesk@umcom.org ou 615-742-5469. Para ler mais notícias da Metodista Unida, subscreva os resumos diários ou semanais gratuitos. Para leer más noticias metodistas unidas, ideas e inspiración para el ministerio suscríbase gratis al UMCOMtigo.
**Amanda Santos é tradutora independente. Para entrar em contato, escreva para Rev. Gustavo Vasquez, editor de notícias, newsdesk@umcom.org.
Durante o intervalo, os delegados e observadores formaram um círculo de 200 a 300 pessoas, batendo palmas e cantando hinos como "Child of God" e "Draw the Circle Wide".
Muitos abraçaram-se e mais do mais alguns choraram, numa libertação em massa de alegria para aqueles que tinham pressionado, alguns durante décadas, para tornar a Igreja Metodista Unida totalmente inclusiva.
A cena foi um contraste marcante com a da Conferência Geral especial em St. Louis em 2019, que deixou progressistas e muitos centristas na denominação perturbados com o endurecimento das restrições contra a participação LGBTQ.
Marilyn Murphy, uma observadora da Conferência da Carolina do Sul que viu a igreja debater esta questão durante décadas, disse que ficou surpreendida por ter sido incluída no calendário de consentimento, mas não surpreendida por ter sido aprovada.
"Temos feito isto desde os anos 70 e, finalmente, em poucos minutos, sem qualquer debate, o assunto desapareceu. E agora podemos continuar com os assuntos da igreja".
Virginia Lee, uma observadora da Conferência da Virgínia, partilhou a sua alegria.
"É um grande dia! E isso diz tudo".
Esta é uma história em desenvolvimento.
Sam Hodges e Jessica Brodie, da Nótícias MU, contribuíram para este relatório.
*Amanda Santos é tradutora independente. Para contatá-la, escreva para Rev. Gustavo Vasquez, editor de notícias, newsdesk@umcom.org.
