Palavras Chaves
- Presidente do Conselho dos Bispos, Thomas J. Bickerton, pregou durante o culto de abertura da Conferência Geral adiada de 2020, encorajando os delegados a comprometerem-se com a revitalização da Igreja Metodista Unida.
- Ele alertou os delegados para não voltarem a uma narrativa de “apontar o dedo” que culpa os outros pelo estado da igreja.
- A Comissão da Conferência Geral disse que 751 dos 862 delegados atribuídos estão registados e presentes a partir do meio-dia do dia de abertura da assembleia legislativa, que continua até 3 de Maio no Centro de Convenções de Charlotte.
O Presidente do Conselho dos Bispos, Thomas J. Bickerton, abriu a Conferência Geral Metodista Unida de 2020 adiada no dia 23 de Abril com uma pergunta ousada: “Queres estar nesta sala?”
Ele falava para os delegados de África, Europa, Ásia e EUA que se reúnem para considerar propostas importantes que poderam mudar drasticamente a denominação.
Fotos da Conferência Geral
“Estais dispostos a avançarem num espírito de esperança e abraçar uma época de reforma, comprometerem-se com a revitalização da Igreja Metodista Unida e trabalhar por uma cultura marcada pela compaixão, coragem e companheirismo?” — perguntou Bickerton.
Caso contrário: “Talvez você esteja no lugar errado”.- disse Bickerton
Após o culto de abertura, Kim Simpson, presidente da Comissão da Conferência Geral, disse que 751 dos 862 delegados estavam registrados e presentes até ao meio-dia do dia de abertura da assembleia legislativa, que decorre até 3 de Maio no Centro de Convenção de Charlotte. Esse total inclui 273 delegados dos 370 das conferências centrais – regiões eclesiásticas em África, Europa e Filipinas. Simpson disse que os registos ainda estão em andamento.
A Conferência Geral é a única entidade que fala pela denominação. A Conferência Geral de 2020 foi adiada várias vezes devido à pandemia da COVID-19, o que significa que a última sessão ordinária da assembleia legislativa ocorreu há oito anos (2016).
Desde então, mais de 7.600 igrejas dos EUA, cerca de um quarto das congregações da denominação nos EUA em 2019, deixaram a Igreja Metodista Unida ao abrigo de uma política que expirou no final do ano passado.
“Acho que não há problema em termos um atraso,” disse Bickerton, que lidera a Área Episcopal de Nova York. “Somos uma igreja completamente diferente da que éramos há apenas quatro anos. Um pouco de poeira baixou e podemos ver que há um futuro com esperança e possibilidades.”
No entanto, ele alertou os delegados para não voltarem a uma narrativa de “acusações” que culpa os outros pelo estado da igreja.
“Queremos realmente voltar a uma igreja onde palavras como racismo, sexismo, restritivo, colonialismo, declínio e desfiliação dominaram literalmente a maioria das conversas que ouvimos nos últimos anos?” perguntou.
Referindo-se às Conferências Gerais anteriores, Bickerton lembrou aos delegados que, por vezes, no calor do momento, “a humanidade assume a responsabilidade, trazendo raiva, ansiedade e medo”.
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Tenha cuidado para que isso não aconteça novamente aqui em Charlotte, na Carolina do Norte, alertou.
“Tem havido conversas sobre COVID, pós-COVID, declínio da sustentabilidade, desfiliação, racismo, exclusão. Conversas que às vezes destruíram nossas almas e nossa esperança,” disse ele.
Ele declarou esta Conferência Geral como um momento importante. “É hora de avançarmos como uma denominação com um novo propósito e energia,” disse.
Laughing Bickerton reconheceu que sabia que alguns na audiência estão convencidos de que o reavivamento da igreja acontecerá com legislação ou durante uma sessão da conferência.
“Talvez nosso principal trabalho neste espaço seja sobre nossos motivos,” disse ele. “E talvez nossa preparação devesse ser mais sobre perguntar: ‘Como vai a sua alma?’ mais do que ‘Como vai a sua comissão legislativa?’”
Bickerton disse que antes de cada sermão ele ora: “Oh Deus, tire-me de mim e encha-me de ti”. Ele convidou a todos a fazerem uma oração semelhante ao tomarem decisões para o futuro da Igreja Metodista Unida.
"Você está pronto?" perguntou. “O que você acha de fazermos certo desta vez - para a glória de Deus?”
*Gilbert é escritora freelance em Nashville, Tennessee.
Contacto com a imprensa noticiosa: Julie Dwyer, editora de notícias, newsdesk@umcom.org ou 615-742-5469. Para ler mais Notícias Metodistas Unidas, assine os Resumos Diários ou Semanais Gratuitos
Durante o intervalo, os delegados e observadores formaram um círculo de 200 a 300 pessoas, batendo palmas e cantando hinos como "Child of God" e "Draw the Circle Wide".
Muitos abraçaram-se e mais do mais alguns choraram, numa libertação em massa de alegria para aqueles que tinham pressionado, alguns durante décadas, para tornar a Igreja Metodista Unida totalmente inclusiva.
A cena foi um contraste marcante com a da Conferência Geral especial em St. Louis em 2019, que deixou progressistas e muitos centristas na denominação perturbados com o endurecimento das restrições contra a participação LGBTQ.
Marilyn Murphy, uma observadora da Conferência da Carolina do Sul que viu a igreja debater esta questão durante décadas, disse que ficou surpreendida por ter sido incluída no calendário de consentimento, mas não surpreendida por ter sido aprovada.
"Temos feito isto desde os anos 70 e, finalmente, em poucos minutos, sem qualquer debate, o assunto desapareceu. E agora podemos continuar com os assuntos da igreja".
Virginia Lee, uma observadora da Conferência da Virgínia, partilhou a sua alegria.
"É um grande dia! E isso diz tudo".
Esta é uma história em desenvolvimento.
Sam Hodges e Jessica Brodie, da Nótícias MU, contribuíram para este relatório.
*Amanda Santos é tradutora independente. Para contatá-la, escreva para Rev. Gustavo Vasquez, editor de notícias, newsdesk@umcom.org. 
