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Metodistas se reúnem para acabar com a pena de morte após anúncio de execuções

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A Revda. Hillary Taylor, a área de Advocacia dos Ministérios Conexionais da Conferência e outros com a IMU, estão se unindo aos da South Carolinians for Alternatives to the Death Penalty (Carolina do Sul para Alternativas à Pena de Morte) para parar o que muitos consideram a prática bárbara de execução humana neste estado.

Até o momento, eles haviam acabado de participar de um comício no Statehouse (Casa do Estado) da Carolina do Sul em 23 de abril, com a National Association for the Advancement of Colored People (Associação Nacional para o Avanço das Pessoas de Cor) para denunciar a pena de morte e estavam se preparando para uma entrevista coletiva em 27 de abril com a South Carolina Black Activist Coalition (Coalizão de Ativistas Negros da Carolina do Sul), também na Casa do Estado, para continuar a conversa.

Muitas atividades recentes surgiram quando foi anunciado em março que a data de execução havia sido marcada para Richard Moore, condenado pelo assassinato em 1999 do balconista de loja de conveniência James Mahoney em Spartanburg. A última execução na Carolina do Sul ocorreu em 2011 e, desde então, funcionários do Departamento de Correções afirmaram que não tiveram sucesso na obtenção de drogas injetáveis letais. A Carolina do Sul aprovou uma lei em 2021 que tornou a cadeira elétrica o método de execução padrão em vez da injeção letal, com o pelotão de fuzilamento como alternativa.

Em março, funcionários de correções estaduais revelaram que as reformas foram concluídas na câmara da morte do estado para acomodar o pelotão de fuzilamento, e a data de execução de Moore foi marcada para 29 de abril.

Foi-lhe dada a escolha entre o pelotão de fuzilamento e a cadeira elétrica.

Em abril, Moore escolheu a execução por pelotão de fuzilamento, embora tenha declarado que considerava ambas as opções inconstitucionais, mas foi forçado a tomar uma decisão dentro de um prazo.

Em 20 de abril, a Suprema Corte da Carolina do Sul emitiu uma suspensão temporária bloqueando a execução de Moore. Eles não disseram por que emitiram a suspensão, mas estão em questão vários desafios, incluindo se a sentença de Moore foi proporcional ao seu crime, a constitucionalidade dos métodos de execução do estado, a legitimidade das alegações dos funcionários da prisão de que eles não podem obter drogas injetáveis letais, e se o pelotão de fuzilamento e a cadeira elétrica são punições cruéis e inusitadas.

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Um segundo preso no corredor da morte, Brad Keith Sigmon, está programado para ser executado em 13 de maio. Sigmon foi condenado por duas acusações de assassinato e roubo em primeiro grau em 2002.

Meredith Matthews, organizadora da comunidade da Carolina do Sul para Alternativas à Pena de Morte, disse estar chocada que este estado não apenas legalize execuções públicas, mas use o que ela chama de práticas cruéis.

“O pelotão de fuzilamento é algo que vemos em outras partes do mundo”, disse Matthews, que cresceu na IMU e considera a pena de morte uma prática que não está de acordo com o cristianismo.

“Espiritualmente, é difícil para mim conciliar como um estado que se orgulha dos valores cristãos pode se virar e não oferecer graça.”

Matthews observou que Moore está extremamente arrependido pelo crime, que ela disse não ter sido assassinato premeditado, pois Moore matou o balconista com a arma do balconista e não trouxe uma arma para a loja. Ela também observou que Moore é um homem negro, mas não havia uma única pessoa negra em seu júri, e o juiz, promotor e advogado de defesa eram todos brancos.

“Ele não é apenas um 'detento no corredor da morte', mas um pai, um filho, e precisamos nos lembrar disso porque é um reflexo de todos nós”, disse Matthews.

Taylor disse o mesmo, observando que a pena de morte é arbitrária, politicamente motivada e cara, mas o mais importante, não está de acordo com a teologia cristã.

“Há todos os tipos de razões práticas pelas quais não devemos ser a favor da pena de morte, mas, além disso, como cristãos, devemos ser contra a pena de morte porque acreditamos que ninguém está além da redenção”, disse Taylor, que é convocador interino da Carolina do Sul para Alternativas à Pena de Morte. “Somos mais do que a pior coisa que já fizemos.”

Além disso, ela observou, Jesus foi executado – nós adoramos um Deus executado.

“O cinturão da Bíblia tornou-se o cinturão da morte, mas existem alternativas à pena de morte onde podemos restaurar a imagem da pessoa criada por Deus que fez essa coisa terrível, e também trabalhar para curar uma família de traumas e impedir que essas coisas aconteçam novamente.”

Ela disse que endossar a pena de morte faz os cristãos parecerem bárbaros, fazendo com que as pessoas tenham um olhar enviesado para nossa fé.

“A verdadeira pergunta que devemos fazer é quem Jesus executaria, e a resposta é nenhuma”, disse Taylor.

Para saber mais sobre a luta por alternativas à pena de morte e o que a organização está fazendo em relação à execução de Moore, visite SCADP.org.

 

*Jessica Brodie, é advogada e editora do jornal South Carolina United Methodist Advocate (Defensoria Metodista Unida da Carolina do Sul).

**Sara de Paula é tradutora independente. Para contatá-la, escreva para IMU_Hispana-Latina@umcom.org. Para ler mais notícias dos Metodistas Unidos, assine os resumos quinzenais gratuitos.

Durante o intervalo, os delegados e observadores formaram um círculo de 200 a 300 pessoas, batendo palmas e cantando hinos como "Child of God" e "Draw the Circle Wide".

Muitos abraçaram-se e mais do mais alguns choraram, numa libertação em massa de alegria para aqueles que tinham pressionado, alguns durante décadas, para tornar a Igreja Metodista Unida totalmente inclusiva.

A cena foi um contraste marcante com a da Conferência Geral especial em St. Louis em 2019, que deixou progressistas e muitos centristas na denominação perturbados com o endurecimento das restrições contra a participação LGBTQ.

Marilyn Murphy, uma observadora da Conferência da Carolina do Sul que viu a igreja debater esta questão durante décadas, disse que ficou surpreendida por ter sido incluída no calendário de consentimento, mas não surpreendida por ter sido aprovada.

"Temos feito isto desde os anos 70 e, finalmente, em poucos minutos, sem qualquer debate, o assunto desapareceu. E agora podemos continuar com os assuntos da igreja".

Virginia Lee, uma observadora da Conferência da Virgínia, partilhou a sua alegria.

"É um grande dia! E isso diz tudo".

Esta é uma história em desenvolvimento.

Sam Hodges e Jessica Brodie, da Nótícias MU, contribuíram para este relatório.

*Amanda Santos é tradutora independente. Para contatá-la, escreva para Rev. Gustavo Vasquez, editor de notícias, newsdesk@umcom.org.
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