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Madagáscar: evangelização através da educação garante o crescimento da IMU

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A grande ilha de Madagáscar, localizada na parte insular da costa sudeste da África, entre o Canal de Moçambique e a parte ocidental da Asia, é um terreno fértil para evangelização e implantação do Metodismo Unido através da Educação.

O país, com uma população estimada em cerca de 26 milhões de habitantes (Census 2017: indicadores do Banco Mundial), está atualmente sob responsabilidade da Área Episcopal de Moçambique, onde a Joaquina Filipe Nhanala, é Bispa Residente.

“A nossa existência como comunidade de fé data do ano de 2017”, afirmou Jean Aime Ratovohery. “Isto acontece como fruto duma pesquisa na internet sobre potenciais igrejas, com princípios doutrinários, sociais e práticas que eram consistentes com a moral e práticas do povo Malgaxe”, explicou Ratovohery, um dos co-fundador da IMU em Madagáscar.

“Já temos três comunidades com uma estatística de mais de 200 seguidores”, acrescentou Ratovohery. “Um dos locais onde nos reunimos, além da igreja em construção, é na Escola Primaria Alpha, numa zona urbana pobre de Antananarivo. Aqui pessoas de vários pontos, crianças e adultos, vêm aos cultos dominicais, para ouvirem a palavra proclamada, orarem e louvarem ao Senhor”, explicou o entrevistado.

A comunidade que se reúne aqui nesta escola todos os domingos a tarde varia entre 50 e 80 membros, contandocrianças e adultos.

“Neste local, não só se ensina o ABC à estas crianças, mas também temos estudo Bíblico, cantamos e oramos diariamente”, disse Lovasoa Francine, uma das professoras da escola que falou a nossa redação.

Durante a nossa visita àquela Escola Alpha, vimos cerca de 60 crianças que estavam tendo aulas.

Questionada sobre as dificuldades que enfrentam naquele espaço de ensino, Francine compartilhou a realidade da missão “Como podes ver, esta é uma escola, mas também usamos o mesmo espaço para adoração ao Senhor”, explicou Francine. “Como escola, precisamos de uma biblioteca, mais carteiras e um espaço para o desporto, e como local para a adoração ao Senhor, precisamos duma capela própria, e cadeiras ou bancos onde possamos sentar enquanto decorrem os cultos dominicais”, concluiu Francine.

“O que mais gosto nesta escola, é a oportunidade de termos aulas de Educação Cristã”, disse Momenjanahary Nathanaela Felicita, estudante do 12˚ ano que pretende fazer curso de Psicologia Infantil na Universidade.

“Espero com este curso de Educação Infantil, responder a uma grande lacuna no que tange a provisão de serviços psicológicos básicos às crianças vulneráveis do meu País, que muitas vezes acabam se desviando dos preceitos morais da vida, acabando alguns por drogarem-se e as moças a prostituírem-se, ou entregarem-se aos casamentos prematuros”, concluiu Felicita.

 “O nosso País precisa muito do Evangelho de Cristo’’, disse Raharivony Beby Sahondra, professora de Estudo Bíblico na Escola Secundaria Alpha 2, arredores de Antananarivo. “Se a Igreja Metodista Unida nos apoiar, poderemos transmitir a palavra de esperança a estes jovens”.

“Assim, aqui ensino a Bíblia porque tenho formação teológica-pedagógica, como também ensino escola dominical às crianças na igreja todos os domingos”, concluiu Sahondra.

“Nesta escola, para além das disciplinas normais, gosto da parte bíblica que somos ensinados”,  afirmou Raherimalal Nambinintsoa Jocelyn, um estudante do 12˚ ano, crente da Igreja Luterana.

“Embora eu seja da Igreja Luterana, aqui me beneficio duplamente: dum lado, pelo crescimento acadêmico, e do outro, pelo crescimento espiritual”, concluiu Jocelyn.

Durante a reunião com os membros da Junta da Igreja em Madagáscar, dentre muitas coisas que solicitam, incluem-se: batismo, confirmações, formação de líderes clericais e leigas, construção de infra-estrutura para a adoração e o empoderamento da sociedade.

“O funcionamento da IMU em Madagáscar já é oficial”, afirmou Ratovohery durante a reunião da Junta Local, que é também tido como líder espiritual das comunidades em formação e franco crescimento. “Aqui está a licença definitiva aprovada e passada pelo governo Malgaxe, em 7 de março de 2018, para o funcionamento legal da IMU em Madagáscar”, concluiu Ratovohery perante membros da Junta e do Rev. João Filimone, representante da sua Reverendíssima Bispa Joaquina Nhanala, que visitava aquele país para ver e avaliar o desenvolvimento do trabalho da Igreja em Madagáscar, visitar o líder espiritual da igreja, pregar e ensinar a palavra, bem como transmitir as orientações dadas pela Bispa desta Área Episcopal.

Até então, existem duas comunidades da IMU em Madagáscar funcionando plenamente. Numa das comunidades visitadas, aquele líder disse: “Minha família e eu estamos a construir esta capela”, explicou Ratovohery. “Compramos o terreno, construímos o muro de vedação e este edifício de dois pisos, no qual temos tido cultos. Falta ainda resselar o chão e os últimos acabamentos nas paredes. Esta é a nossa casa de adoração”, terminou Ratovohery.

Uma outra comunidade está sendo formada numa zona rural a mais ou menos 50km fora da cidade de Antananarivo. “Contatos estão sendo feitos com as autoridades locais, para que sim, possam nos providenciar espaço para os nossos encontros de culto e adoração”, disse Justin Rakotoarimanana, membro da Junta da Igreja Local.

Esta comunidade, reúne-se num cruzamento de duas estradas. Quando os dirigentes do culto chegam, ligam o som, tocam música religiosa (usando um laptop, amplificador e colunas) e as pessoas aparecem das suas casas. “Temos realizado assim os nossos cultos. Uma coisa particular sobre esta comunidade é que aqui não fazemos coleta”, disse Rakotoarimanana.

“Pois, queremos primeiro que eles percebam o que é a IMU, como funciona e quais são os seus planos e objetivos. Depois de ensina-los, então sozinhos poderão responder àquilo que a igreja orientar fazer”, concluiu Rakotoarimanana.

Naquele dia e naquele cruzamento de estradas, vieram cultuar mais de 100 pessoas, espalhadas a volta dos oficiais do culto, onde cantou-se, orou-se e proclamou-se a palavra.

Uma senhora, a qual não conseguimos registar o nome, moradora daquele povoado, disse estar gostando da chegada da igreja. “Esta é uma nova igreja na nossa zona. Temos aqui a Luterana, mas a Metodista Unida nunca ouvimos falar”, e explicou a entrevistada. “Embora seja nova Igreja a se implantar aqui, estou gostando e penso que eu e minha família vamos nos juntar a ela”.

*Sambo é o correspondente lusófono em África das Noticias Metodista Unida.

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