Pontos chave:
- O tribunal superior da Igreja Metodista Unida reconsiderou o seu apelo para uma sessão regular adicional da Conferência Geral antes de 2028.
- O Conselho Judicial reiterou a sua decisão de que nenhum novo delegado seja eleito para a assembleia legislativa, exceto sob certas condições.
- O tribunal da igreja disse que caberá à Conferência Geral como lidar com as vagas para as delegações jurisdicionais e das conferências centrais que se reúnem e elegem os bispos após a realização da Conferência Geral.
Revertendo parte de uma decisão anterior, o mais alto tribunal da Igreja Metodista Unida revogou o seu apelo para uma sessão regular adicional da Conferência Geral entre 2025 e 2027.
No entanto, o Conselho Judicial manteve a sua decisão anterior de que não seriam eleitos novos delegados para a próxima Conferência Geral, excepto em circunstâncias muito limitadas.
A próxima sessão regular da principal assembleia legislativa da denominação internacional, originalmente planejada para maio de 2020, está agora agendada para acontecer de 23 de abril a 3 de maio de 2024, em Charlotte, Carolina do Norte.
No Memorando 1485, o Conselho Judicial decidiu que - com itálico e negrito para dar ênfase - "a sessão ordinária da Conferência Geral que será convocada após a próxima sessão ordinária de 2024, seria realizada quatro anos depois, em 2028. "
Com o memorando divulgado em 2 de novembro, o tribunal da igreja modificou a sua determinação anterior na Decisão 1472 relativa ao agendamento da Conferência Geral após a sessão de 2024.
A modificação da decisão ocorre num momento em que o Conselho Judicial e outros líderes Metodistas Unidos lutam com atrasos na Conferência Geral nunca vistos nos quase 240 anos de história da denominação e dos seus antecessores.
A constituição da Igreja Metodista Unida no Parágrafo 14 do Livro da Disciplina diz que a assembleia legislativa — cujas decisões afetam toda a denominação — “reunir-se-á uma vez em quatro anos...”.
Mas a COVID atrapalhou esse cronograma quadrienal quando, em 2020, a pandemia global fechou o local inicial da Conferência Geral em Minneapolis, bem como as viagens ao redor do mundo.
A Conferência Geral atrai clérigos e delegados leigos, bem como bispos de quatro continentes. No Memorando 1485, observou o Conselho Judicial, “as restrições e medidas de emergência não foram completamente levantadas internacionalmente até 2023”.
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Com a Conferência Geral agora atrasada oito anos desde a última Conferência Geral regular em 2016, o Conselho Judicial disse inicialmente na Decisão 1472 que, para colocar o cronograma de volta nos trilhos, outra sessão regular da Conferência Geral precisaria ser realizada entre 1º de janeiro de 2025, e 31 de dezembro de 2027. Quatro dos nove membros do tribunal da igreja discordaram dessa parte da decisão.
O Conselho dos Bispos da denominação saudou a decisão e instou a denominação a avançar com o planejamento de outra sessão regular em 2026.
No entanto, a direcção do Conselho Geral de Finanças e Administração - a agência financeira da denominação - pediu ao Conselho Judicial que reconsiderasse a sua decisão, citando em parte as restrições financeiras da denominação.
Por sua própria iniciativa, o Conselho Judicial decidiu alterar a sua decisão anterior.
“O parágrafo 14 da Constituição estabelece a frequência com que a Conferência Geral deve reunir-se, e não o ano em que isso ocorre”, afirmou o Memorando 1485.
O memorando também esclareceu as suas decisões anteriores nas Decisões 1472 e 1451 relacionadas com as eleições de delegados para a próxima Conferência Geral.
“Não haverá eleições para substituir os delegados eleitos para servir na sessão ordinária da Conferência Geral inicialmente agendada para 2020”, disse o tribunal da igreja, com ousadia para dar ênfase. “Além disso, não haverá eleições para preencher vagas, exceto nas circunstâncias muito limitadas aqui mencionadas.”
As conferências anuais Metodistas Unidas — mais de 130 órgãos regionais da igreja em todo o mundo — são responsáveis por eleger os delegados leigos e clérigos que votam na Conferência Geral.
Desde as eleições de 2018 e 2019 para a próxima Conferência Geral, alguns delegados já não podem servir por vários motivos. Estas incluem a sua morte, mudança de estatuto de leigo para clero ou saída da Igreja Metodista Unida no meio das actuais desfiliações da igreja.
O tribunal da igreja disse que a única circunstância em que uma conferência anual pode realizar uma eleição para assentos vagos é se tiver esgotado o seu conjunto de delegados de reserva, incluindo delegados de reserva nas suas conferências jurisdicionais ou centrais.
As conferências jurisdicionais nos EUA e as conferências centrais em África, Europa e Filipinas são os órgãos que elegem os bispos. Os delegados da Conferência Geral, bem como um número adicional de delegados eleitos, servem estes órgãos. Os delegados eleitos exclusivamente para a sua conferência jurisdicional ou central também servem como reservas da Conferência Geral.
Basicamente, o Conselho Judicial pretende garantir que, a menos que o seu estatuto tenha mudado, os Metodistas Unidos devidamente eleitos para servir como delegados em 2020 ainda poderão fazê-lo agora que a Conferência Geral está marcada para quatro anos mais tarde.
A razão para esta determinação, disse o tribunal da igreja, é que – antes da COVID encerrar as viagens – os secretários da conferência anual já tinham apresentado os nomes dos delegados devidamente eleitos ao secretário da Conferência Geral, que estava preparado para emitir credenciais a esses Metodistas Unidos.
A Comissão da Conferência Geral, o grupo que planeja a grande reunião, perguntou ao Conselho Judicial como lidar com as vagas para delegações jurisdicionais ou da conferência central resultantes de mudanças desde as eleições dos delegados.
O Conselho Judicial respondeu que a Conferência Geral é o órgão adequado para resolver essa questão, uma vez que a assembleia legislativa “se reunirá antes de quaisquer sessões futuras das Conferências Jurisdicionais e Centrais”.
Várias conferências anuais dos EUA realizaram eleições no início deste ano para preencher vagas nas suas listas de conferências jurisdicionais. Resumindo: Eles terão que esperar para ver o que a Conferência Geral decidirá.
As sessões regulares da Conferência Geral são diferentes das sessões especiais da Conferência Geral, como a Igreja Metodista Unida realizou em 2019. As sessões especiais, que podem ser convocadas pelo Conselho dos Bispos ou pela própria Conferência Geral, só podem servir um propósito limitado declarado na convocatória.
Contudo, uma sessão regular da Conferência Geral trata de todos os tipos de legislação que afetam as políticas e a administração da Igreja. A sessão ordinária da Conferência Geral determina o orçamento para toda a denominação e elege membros de vários órgãos da igreja, incluindo o Conselho Judicial.
O Conselho Judicial emitiu outras decisões nos últimos anos tratando do atraso da Conferência Geral.
Em 2021, o Conselho Judicial decidiu que o orçamento denominacional e a fórmula de repartição aprovada pela Conferência Geral de 2016 permanecem em vigor até que a Conferência Geral aprove um novo orçamento e fórmula.
No ano passado, o tribunal da igreja também decidiu que cada adiamento da Conferência Geral redefine os prazos para as petições legislativas serem apresentadas ao órgão, o que significa que a próxima Conferência Geral terá mais legislação a considerar do que inicialmente apresentada para a reunião de 2020.
O Memorando 1485 marca a primeira vez que o Conselho Judicial se referiu ao cancelamento da reunião de 2020, em vez de simplesmente ao seu adiamento.
O memorando também sublinhou que estas decisões que tratam do atraso da Conferência Geral não devem ser consideradas como precedente para outras Conferências Gerais.
“Emitimos estas decisões apenas porque estas circunstâncias – desencadeadas pela pandemia global – não foram previstas pela Conferência Geral e previstas na Disciplina”, disse o tribunal da igreja.
*Hahn é editor assistente de notícias da Notícias MU. Contate-a em (615) 742-5470 ou newsdesk@umcom.org. Para ler mais notícias Metodistas Unidas, assine gratuitamente os resumos quinzenais.
**Sara de Paula é tradutora independente. Para contatá-la, escreva para IMU_Hispana-Latina@umcom.org.
Durante o intervalo, os delegados e observadores formaram um círculo de 200 a 300 pessoas, batendo palmas e cantando hinos como "Child of God" e "Draw the Circle Wide".
Muitos abraçaram-se e mais do mais alguns choraram, numa libertação em massa de alegria para aqueles que tinham pressionado, alguns durante décadas, para tornar a Igreja Metodista Unida totalmente inclusiva.
A cena foi um contraste marcante com a da Conferência Geral especial em St. Louis em 2019, que deixou progressistas e muitos centristas na denominação perturbados com o endurecimento das restrições contra a participação LGBTQ.
Marilyn Murphy, uma observadora da Conferência da Carolina do Sul que viu a igreja debater esta questão durante décadas, disse que ficou surpreendida por ter sido incluída no calendário de consentimento, mas não surpreendida por ter sido aprovada.
"Temos feito isto desde os anos 70 e, finalmente, em poucos minutos, sem qualquer debate, o assunto desapareceu. E agora podemos continuar com os assuntos da igreja".
Virginia Lee, uma observadora da Conferência da Virgínia, partilhou a sua alegria.
"É um grande dia! E isso diz tudo".
Esta é uma história em desenvolvimento.
Sam Hodges e Jessica Brodie, da Nótícias MU, contribuíram para este relatório.
*Amanda Santos é tradutora independente. Para contatá-la, escreva para Rev. Gustavo Vasquez, editor de notícias, newsdesk@umcom.org.
