A igreja global foi duramente atingida pelo COVID-19, e o Congo não é exceção.
Na RDC, a maioria das pessoas que vivem com doenças crônicas como diabetes e hipertensão simplesmente fica em casa, longe da igreja, para evitar o contato com outras pessoas, disse o Rev. Clément Kingombe Lutala, superintendente do distrito de Bukavu.
Ele disse que vai encorajar os membros da igreja que vivem com condições subjacentes “a concordar em ser vacinados contra o COVID-19 para que também possam iniciar os cultos de domingo. Vamos até começar a organizar três a quatro cultos dominicais para que o distanciamento social seja respeitado em todos os lugares.”
De acordo com Steward Kikuni, estatístico da Conferência de Kivu, a pandemia tem impedido os esforços de evangelismo, as finanças da igreja e, talvez o mais significativo, o comparecimento ao culto. Antes do COVID-19, a participação média no culto em Kivu era de 24.000. “Hoje”, observou ele, “estamos com 10.000 fiéis em média no culto de domingo”.
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De acordo com dados da Universidade Johns Hopkins, houve mais de 30.000 casos confirmados no Congo e 775 mortes.
Enquanto o mundo lamenta as vidas perdidas durante a pandemia, Lokadi Omeyamba, líder leigo de Bukavu, disse: “não sabemos se é o fim do mundo que se aproxima”.
Justine Tshongo, secretária das Mulheres Metodistas Unidas em Kivu, teve mais de quatro casos de COVID-19 em sua família. Ela disse que está pronta para educar as pessoas a aceitarem a vacinação.
Em 8 de abril, a Organização Mundial da Saúde disse que menos de 2% das 690 milhões de doses da vacina COVID-19 administradas até o momento em todo o mundo foram na África, onde a maioria dos países recebeu vacinas há apenas algumas semanas, e em pequenas quantidades. O estoque limitado e os gargalos no fornecimento impedem o acesso justo às vacinas.
Atualmente, disse o Dr. Damas Lushima, coordenador de saúde da Igreja no Leste do Congo, os elegíveis para a vacinação incluem profissionais de saúde, idosos e pessoas que sofrem de doenças crônicas.
Ele observou que a igreja trabalhará para sensibilizar as pessoas a aceitarem a vacina AstraZeneca, acrescentando que mais de 1.527 pessoas foram vacinadas desde que começaram a administrá-las em Kinshasa em 19 de abril. O processo de vacinação começou nas províncias mais afetadas e irá gradualmente se espalhar para outras províncias, disse ele.
Dr. Djuma Kasongo, o diretor médico do Centro de Saúde Metodista Unido Irambo, disse que o ritmo implacável da pandemia forçou a igreja a ensinar os fiéis como viver com a ameaça do COVID-19. Os coordenadores de saúde no Distrito Leste do Congo forneceram kits de lavagem das mãos para todas as igrejas locais, pedindo aos fiéis que lavassem as mãos antes de entrar no prédio.
O Bispo Gabriel Yemba Unda, da Área Episcopal do Leste do Congo, insiste em lembrar semanalmente o cumprimento de medidas de saúde, como lavar as mãos com sabão, usar máscaras e respeitar o distanciamento social.
“Esta pandemia”, disse Unda, “paralisou várias atividades da Igreja, mas teremos que continuar a ajudar o governo congolês no componente de conscientização a fim de erradicar a pandemia”.
* Kituka Lolonga é comunicador na Conferência de Kivu. Contato com a mídia de notícias: Julie Dwyer, editora de notícias, newsdesk@umcom.org ou 615-742-5469.
** Sara de Paula é tradutora independente. Para contatá-la, escreva para IMU_Hispana-Latina@umcom.org. Para ler mais notícias da Metodista Unida, assine os resumos diários ou semanais gratuitos