Ministérios Globais condenam novas políticas de imigração nos EUA

ATLANTA – Central para muitas tradições religiosas é o chamado para acolher o estrangeiro e cuidar dos necessitados. De uma perspectiva teológica e de fé, as políticas de imigração do governo Trump levantam questões éticas preocupantes que desafiam os valores religiosos essenciais de compaixão, amor e boas-vindas. 

Medidas abrangentes, enquadradas como a deportação de criminosos migrantes ilegais, estão efetivamente criminalizando e aterrorizando TODAS as comunidades migrantes nos EUA, independentemente do status legal. 

Políticas de segurança de fronteira que deixam de lado considerações humanitárias falham em reconhecer a situação difícil de indivíduos que fogem da violência e da perseguição. Tais ações minam nossa obrigação moral de oferecer refúgio e apoio àqueles que buscam segurança e uma vida melhor. 

Economicamente, os imigrantes contribuem para nossas comunidades e desempenham papéis vitais em várias indústrias, impulsionando o crescimento e a inovação. Muitos estão neste país há anos. Eles são vistos com mais frequência como presentes para nossas comunidades, não ameaças. Ao removê-los à força e restringir a entrada de outros, diminuímos a riqueza e a diversidade que eles trazem, o que é contrário à crença de que todas as pessoas são criadas à imagem de Deus e merecem dignidade e oportunidade. 

O Global Ministries (Ministérios Globais) condena essas ações, que desconsideram a dignidade e os direitos fundamentais dos migrantes, muitos dos quais são famílias que precisam de nossa preocupação e cuidado. 

Além disso, a retórica divisiva que frequentemente acompanha essas políticas é antitética aos ensinamentos de amor e unidade encontrados em muitas religiões, levando ao aumento da intolerância e do ódio aos migrantes nos EUA. Devemos defender uma abordagem mais compassiva e inclusiva à imigração que reflita o evangelho, valorize todas as vidas como sagradas e promova a justiça e a paz. 

Em vez de fomentar a divisão, deveríamos nos concentrar em construir pontes e defender uma reforma imigratória abrangente que incorpore compaixão, justiça e o valor inerente de cada pessoa. 

Em Deuteronômio 10:18-19, somos lembrados do amor de Deus pelo estrangeiro, que recebe comida e roupa, e somos chamados a fazer o mesmo: “Amai os estrangeiros, pois vós mesmos fostes estrangeiros no Egito”. 

Deus nos chama para acolher o estrangeiro. Devemos nos comprometer a construir um futuro onde a compaixão e a justiça prevaleçam, independentemente do status do passaporte. 

Reafirmamos nosso apelo a indivíduos, pastores e igrejas locais para que tomem medidas imediatas: 

  • Ore: defenda a proteção e o bem-estar dos migrantes em suas orações e busque uma liderança ousada de comunidades e formuladores de políticas. 

Preocupações Sociais
m resposta à recente decisão da Suprema Corte dos EUA sobre a cidadania por direito de nascença, o Conselho Metodista Unido de Bispos, agências gerais e organizações parceiras realizaram um webinar em 17 de julho. Embora a cidadania por direito de nascença seja segura por enquanto, líderes da igreja observaram os perigos representados pelas atuais políticas de imigração. Em junho, 71% das pessoas presas pelo ICE não tinham antecedentes criminais. Imagem em pergaminho por Safwan Thottoli, cortesia do Unsplash; imagem do mapa por OpenClipart-Vectors, cortesia do Pixabay; gráfico original por Laurens Glass; versão em português Rev. Gustavo Vasquez, Notícias MU.

O que as igrejas precisam saber sobre imigração

Em uma atualização sobre casos de cidadania por direito de nascença, os líderes Metodistas Unidos também exploraram os perigos que as batidas policiais e proibições de viagens dos EUA representam para os direitos humanos básicos.
Imigração
Da esquerda para a direita, o Rev. Frank Wulf, a Revda. Allison Mark, Monalisa Tui'tahi, a Revda. Hannah Adair Bonner e o Rev. David Farley posam para uma foto durante uma vigília em 9 de junho em frente ao prédio federal de Los Angeles para orar pelos imigrantes detidos. A Bispa Dottie Escobedo-Frank, da Conferência Califórnia-Pacífico, também estava presente. Ministérios Metodistas Unidos, incluindo o Conselho de Bispos e a Junta Metodista Unida de Igreja e Sociedade, estão entre as 215 organizações não governamentais que receberam uma carta de uma comissão do Congresso que investigava seus ministérios com comunidades imigrantes. Mark é presidente da Igreja e Sociedade. Foto cortesia da Conferência Califórnia-Pacífico.

Ministérios Metodistas Unidos são citados em investigação da Câmara

O Conselho Metodista Unido de Bispos e outros ministérios da igreja estão entre as 215 instituições de caridade que receberam cartas de um comitê do Congresso dos EUA.
Preocupações Sociais

Declaração da MARCHA sobre as Deportações, a Militarização de Los Angeles e a Crise Global de Injustiça

A Bancada Hispânica-Latina da Igreja Metodista Unida expressou solidariedade às comunidades afetadas por deportações, repressão policial e militarização, além das ações de governos autoritários nos EUA e em outros países. Apelou aos bispos e a toda a Igreja para que apoiem as redes e organizações comunitárias.

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