Palavras-chaves:
• As comissões de higiene e saúde explicam aos membros a importância da toma da vacina e dos testes da COVID-19.
• A sensação da perda por conta da doença continua a deixar muitas famílias no desespero.
O nível de absentismo dos cidadãos em Angola referente a vacina de imunização contra a COVID-19 tende a baixar, isso como fruto das campanhas de sensibilização levadas a cabo pelos órgãos de comunicação públicos e privados, bem como pelos líderes da Metodista Unida durante as reuniões com suas congregações locais.
“Quando entrei na sala para a imunização, primeiramente tive medo de vacinar,” disse Agostinho Ferreira, membro da Igreja Metodista Unida de Bispo Emílio de Carvalho, após a imunização.
Como forma de encorajar a toma da vacina, os metodistas unidos por exemplo, abrem espaço em cada culto para as comissões de higiene e saúde explicarem aos membros a importância da prevenção da COVID-19, bem como da toma da vacina.
“O meu medo resultava dos comentários que as pessoas contam, contudo não tive nenhuma reacção negativa apos a toma, e me sinto bem de saúde,” continuou Ferreira.
Maria da Graça, funcionária dos Escritórios e Sede da Conferência do Oeste de Angola é outro membro da Igreja que reside no Sul de Luanda que também já tomou a vacina e falou da sua experiência.
“Eu tinha receio de que ao receber a vacina contra a COVID-19 as mulheres não poderiam engravidar,” disse da Graça.
“Mas depois de me informar melhor, vou passar a mensagem às outras mulheres para tomarem a vacina, visto que ela pode salvar vidas, e não dói.”
A procura da vacina nos postos de vacinação criados tem sido constantes sobretudo nas grandes cidades de Angola e principalmente na capital Luanda. Em Luanda, onde vivem mais de 7 milhões de pessoas, foram abertos somente cinco postos de vacinação aonde os grupos alvos recebem a dose. Trata-se dos postos do Complexo Turístico Paz Flor, no Morro Bento, Cidadela Desportiva, Magistério Mutu-ya-Kevela, no Distrito Urbano da Ingombota, Centralidade do Cazenga, e Casa da Juventude em Viana.
“Segundo os técnicos de saúde presentes no local, a vacina é segura, e por isso aconselho aos metodistas a cooperarem com as autoridades sanitárias. Só assim sairemos vitoriosos desta luta que é de todos nós,” aconselhou Ferreira.
A sensação da perda continua a deixar muitas famílias no desespero, enquanto todos os dias a imprensa mundial e local relata o crescimento de novos casos de contaminação por Coronavírus e suas novas variantes capazes de contaminar mais de uma pessoa em poucos minutos.
“Meu marido morreu muito jovem e tinha muito ainda para dar a família e ao país,” lamentou Virgínia de Castro, viúva e membro da comunidade que perdeu seu marido nos finais de 2020 devido a COVID-19.
“Esta maldita doença levou o meu marido e o nosso lar ficou sem graça,” desabafou de Castro. “Agora olho e confio apenas em Deus que é o nosso refúgio e fortaleza, e não deixaria de agradecer a Igreja que tem nos apoiado espiritual e materialmente.”
Ainda com lágrimas nos olhos a jovem viúva encoraja as pessoas a se protegerem e aderirem a vacina para se evitar ainda mais mortes por COVID-19.
“Tudo que aconselho por agora é que as pessoas devem se proteger mais desta doença.”
Os dados oficiais informam que até o dia 23 de Agosto, Angola totalizou 46.076 casos positivos, com 1.163 óbitos, 42.624 recuperados e 2.289 activos. Dos activos, 8 críticos, 28 graves, 71 moderados, 32 leves e 2.150 assintomáticos.
“Uma das formas eficazes é tomar a vacina e lavar frequentemente as mãos, usar a máscara, evitar aglomerados e sempre que sentir dores, aproximar a unidade sanitária para uma consulta,” concluiu de Castro.
Apesar dos esforços que os líderes governamentais e religiosos fazem para contrapor o impacto da doença, ainda há muita gente que se abstém da vacina e que precisa ser sencibilizada.
O Centro de Controle de Doenças de África relata que 2,22% do Pais foi totalmente vacinado.
A área de comunicação do Oeste de Angola por exemplo, vai levar um programa de sensibilização de seus membros com a reactivação da Bolsa de Mensagens denominada “UMConnect,” financiada pela UMCom, um programa de envio de SMS que visa despertar as comunidades da importância da vacina contra a doença.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), as primeiras doses de vacina contra a COVID-19 a chegarem em Angola foram da Covax, em Março de 2021, sendo assim o primeiro país da região da África Austral a receber a vacina da Covax.
No âmbito dos esforços globais de combate a pandemia, o país recebeu recentemente mais de Cinco mil doses de vacinas doadas pelos Estados Unidos da América e mais 135 mil doses de Astrazeneca vindas de Portugal, fruto das relações diplomáticas que Angola mantém com estes países.
*Bento é o comunicador da Conferência de Oeste de Angola das Notícias Metodista Unida. Contacto com a imprensa: Rev. Gustavo Vasquez, editor de notícias, newsdesk@umcom.org. Para ler mais notícias da Metodista Unida, inscreva-se nos resumos quinzenais gratuitos.