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Encontro em lixão na Nicarágua realiza mudança de vida

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Pontos chave:

  • Lendo as Escrituras com novos olhos, James Barnett decidiu deixar uma carreira lucrativa e ministrar com seus vizinhos desabrigados.
  • “Fundamentalmente”, disse Barnett, “eu sabia que os cristãos foram salvos de alguma coisa, mas não sabia que eles foram salvos por alguma coisa”.
  • “O objetivo de Neighborly”, observou ele, “é a justiça bíblica e o alívio da pobreza com base no relacionamento por meio da justiça restaurativa”.

Durante uma viagem missionária à Nicarágua em 2009, James Barnett sentou-se com um estranho em um lixão da cidade. De repente, ele ouviu as palavras que mudaram sua vida e remodelaram seu futuro.

“O Senhor quer que você saiba que não está sendo obediente.”

A equipe passou um tempo com os nicaraguenses atingidos pela pobreza, como as pessoas que vasculham o lixo enquanto tentam encontrar o suficiente para manter suas famílias vivas.

Barnett aceitou com entusiasmo o pedido de uma mulher local para orar com ele. Mas ele não ficou tão entusiasmado com a mensagem dela para ele depois.

“Fiquei chocado e depois com raiva por ela ter dito isso para mim”, lembrou ele. “Não é obediente? Estou em uma viagem missionária! E eu não estou sendo obediente?”

Mas enquanto voava de volta para a Flórida, ele leu Isaías 58. Com novos olhos, ele viu o chamado de Deus para “compartilhar sua comida com o faminto” e “proporcionar abrigo ao pobre andarilho”. Nas semanas seguintes, James orou e se debruçou sobre passagens da Bíblia e livros com temas cristãos sobre como aliviar a pobreza – sentindo, de fato, uma certa “dissonância” dentro de si.

James Barnett (left) works with students from Ndibai Primary School in Kenya to create a video for the ministry’s donors, who helped fund the students’ uniforms. Photo courtesy of Kristin Barnett.
James Barnett (à esquerda) trabalha com alunos da Escola Primária Ndibai, no Quênia, para criar um vídeo para os doadores do ministério, que ajudaram a financiar os uniformes dos alunos. Foto cortesia de Kristin Barnett.

Barnett cresceu em um lar cristão em Tallahassee, Flórida. Os pastores de sua igreja Metodista Unida o encorajaram e motivaram a ser um líder entre seus colegas. Depois de terminar o colegial, ele se mudou para o campus local da Universidade Estadual da Flórida, onde se formou em arte e design. Após a formatura, ele conseguiu um emprego no setor financeiro de assistência médica em uma grande empresa nacional.

“Eu estava ganhando rios de dinheiro”, ele admitiu. “Achei que era isso que significava 'viver o sonho americano'.” Acreditando que acumular riquezas e seguir a Cristo poderiam coincidir perfeitamente, ele também sentiu que estava no caminho espiritual certo e antecipou emocionantes sucessos futuros.

Então aquela conversa em um lixão da Nicarágua abriu seus olhos para novas formas de entender a missão cristã.

“O que li mudou o roteiro para mim”, disse ele. “Eu acreditava que era cristão porque tentava parecer diferente do mundo, mas não estava focado em parecer com Cristo. Fundamentalmente, eu sabia que os cristãos foram salvos de alguma coisa, mas não sabia que eles foram salvos para alguma coisa”.

Eventualmente, Barnett percebeu que os cristãos são cultivadores da justiça social e é sua responsabilidade criar a mais alta qualidade de vida para todas as pessoas.

Aos 24 anos, Barnett decidiu deixar seu lucrativo emprego. Ele começou a procurar e cuidar dos sem-teto em Tallahassee, distribuindo sapatos e roupas doados para as pessoas que se reuniam em um lago próximo.

“Eu queria construir relacionamentos e conhecer 'portadores de imagem': pessoas que Jesus ama”, disse ele. “O objetivo geral era subscrever uma definição de 'cristão' que imitasse a Cristo.”

Ele comprou uma van e começou a viajar pelo país, muitas vezes estacionando perto de acampamentos de pessoas sem-teto e dormindo em barracas ou na floresta para mergulhar totalmente em como os outros vivenciam a falta de moradia. Ele formou uma organização sem fins lucrativos chamada “Clothe Your Neighbor” (Vista seu vizinho), usando seu histórico gráfico para criar camisetas que vendia online para atender às necessidades que via ao seu redor. Embora seus pais estivessem preocupados com algumas das escolhas de seu filho, eles apoiaram seus esforços enviando camisetas de sua casa e fornecendo outra ajuda para seu trabalho.

De janeiro de 2010 a dezembro de 2011, Barnett morou com moradores de rua em várias cidades, incluindo Baltimore, Atlanta e Rochester, Nova York. “Eu ia para uma cidade, saía da van e descobria onde os sem-teto ficavam”, disse ele. 

Ele conversou com inúmeras pessoas, perguntando sobre suas vidas. “Cada pessoa tinha uma história diferente de porque elas se tornaram sem-teto. Comecei a ver que há tantos motivos para alguém ser sem-teto quanto há pessoas sem-teto.”

Barnett começou a falar nas igrejas sobre as lições que Deus estava lhe ensinando. Em uma palestra subsequente na Fundação Wesley da Universidade Estadual da Florida, ele conheceu Kristin, sua futura esposa. 

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“Eu estava fazendo mestrado em relações internacionais e tinha toda a intenção de entrar para o Peace Corps(Corpo da paz)”, disse ela. “Mas alguém me disse que um cara 'excêntrico' que vivia com os sem-teto estava falando no campus, o que me fascinou.”

Amigos os apresentaram depois que ele falou, e eles começaram a passar um tempo juntos.

“Eu estava focada em uma carreira”, explicou Kristin Barnett. “Eu queria ir para o alívio da pobreza, mas não de uma perspectiva bíblica.” 

Lentamente, ela mudou sua atitude, não apenas para ser humanitária para melhorar o mundo, mas também para seguir o chamado de Cristo para viver encarnacionalmente. 

Ela cita seu amor por 1 João 3:17: “Se alguém tiver bens materiais e vir um irmão ou irmã em necessidade, mas não se compadecer deles, como pode o amor de Deus estar nessa pessoa?”

Casados em novembro de 2013, o casal começou a trabalhar junto para resolver problemas de pobreza e falta de moradia como parte de sua missão cristã. 

Hoje, eles têm dois filhos, são pais adotivos e trabalham em tempo integral na Neighborly (Bom vizinho), uma versão renomeada da organização sem fins lucrativos fundada por James. A família frequenta a Igreja Metodista Unida Killearn em Tallahassee.

Embora ajudar os sem-teto ainda seja uma grande parte da organização, de acordo com James Barnett, “o objetivo da Neighborly é a justiça bíblica e o alívio da pobreza baseado em relacionamentos por meio da justiça restaurativa, tanto na rua quanto no mar”. Por meio do Neighborly, os Barnetts “desinstitucionalizam a caridade”, colocando possíveis doadores em contato mais próximo com pessoas que precisam de ajuda para superar as desvantagens. 

Uma iniciativa de Tallahassee, Feed Your Neighbor (Alimente o seu vizinho), forneceu mais de 6.300 refeições para trabalhadores diaristas, incluindo muitos sem-teto. Welcome Your Neighbor (Receba o seu vizinho), outra iniciativa, ajuda os residentes de Tallahassee a estabelecer relacionamentos significativos com refugiados recém-chegados do Afeganistão, Síria e Congo. Os participantes da Neighborly praticam inglês com os recém-chegados, fazem festas de aniversário para eles, recebem-nos com cartazes no aeroporto e ajudam a diminuir as diferenças culturais. 

Internacionalmente, a Neighborly ajudou mais de 13.000 alunos em seis países a adquirir uniformes escolares. Os uniformes muitas vezes fazem a diferença entre frequentar a escola e obter uma educação ou continuar o ciclo da pobreza. 

“Estamos simplesmente tentando viver Filipenses 2:5-8 da maneira que o entendemos”, disse James Barnett. “Jesus chegou perto o suficiente para ser tocado por aqueles em desvantagem, e queremos ser como Jesus.”

 

*Stanton é o diretor de missões da Igreja Metodista Unida Killearn em Tallahassee, Flórida. Autora de um livro premiado, "Out of the Shadow of 9/11" (Fora da sombra do 11 de setembro), ela escreveu mais de 30 artigos sobre o assunto. Contato de mídia de notícias: Julie Dwyer, editora de notícias, newsdesk@umcom.org ou 615-742-5469. 

**Sara de Paula é tradutora independente. Para contatá-la, escreva para IMU_Hispana-Latina@umcom.org. Para ler mais notícias Metodistas Unidas, assine os resumos quinzenais gratuitos.

Durante o intervalo, os delegados e observadores formaram um círculo de 200 a 300 pessoas, batendo palmas e cantando hinos como "Child of God" e "Draw the Circle Wide".

Muitos abraçaram-se e mais do mais alguns choraram, numa libertação em massa de alegria para aqueles que tinham pressionado, alguns durante décadas, para tornar a Igreja Metodista Unida totalmente inclusiva.

A cena foi um contraste marcante com a da Conferência Geral especial em St. Louis em 2019, que deixou progressistas e muitos centristas na denominação perturbados com o endurecimento das restrições contra a participação LGBTQ.

Marilyn Murphy, uma observadora da Conferência da Carolina do Sul que viu a igreja debater esta questão durante décadas, disse que ficou surpreendida por ter sido incluída no calendário de consentimento, mas não surpreendida por ter sido aprovada.

"Temos feito isto desde os anos 70 e, finalmente, em poucos minutos, sem qualquer debate, o assunto desapareceu. E agora podemos continuar com os assuntos da igreja".

Virginia Lee, uma observadora da Conferência da Virgínia, partilhou a sua alegria.

"É um grande dia! E isso diz tudo".

Esta é uma história em desenvolvimento.

Sam Hodges e Jessica Brodie, da Nótícias MU, contribuíram para este relatório.

*Amanda Santos é tradutora independente. Para contatá-la, escreva para Rev. Gustavo Vasquez, editor de notícias, newsdesk@umcom.org.
United Methodist Bishops bless the elements of Holy Communion during a world-wide worship service at First United Methodist Church in Charlotte, N.C., in the lead-up to the 2024 United Methodist General Conference. From left are Bishops Israel Maestrado Painit of the Philippines, John Wesley Yohanna of Nigeria and Rodolfo A. Juan of the Philippines. The gathering was coordinated by the Love Your Neighbor Coalition and the National Association of Filipino-American United Methodists. Photo by Mike DuBose, UM News. 

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