As três áreas Episcopais Lusófonas em África, nunca cruzaram os braços mesmo depois de os governos de seus países terem decretado estado de emergência, confinamento obrigatório e encerramento das portas das suas igrejas. Muitas instituições de uso público e privado estão total ou parcialmente fechadas.
Face a esta realidade, o povo chamado Metodista nas Conferências de Angola Leste e Oeste, África do Sul e as de Moçambique Norte e Sul, nunca cruzaram os braços no que diz respeito ao culto e adoração a Deus. Estes, encontraram uma forma e espaço de adorarem e servirem ao seu Deus, com a realização de cultos domésticos.
“Nós, respondendo ao estado de confinamento total, realizamos cultos domésticos”, disse Nandipha Mkwalo, membro e comunicadora da Conferência da África do Sul.
“Os nossos pastores têm partilhado sermões e outras orientações da Igreja, usando as plataformas WhatsApp, Zoom e Facebook, e isso é replicado pelos membros da Igreja Local, Distrito ou Conferência Anual dependendo dos casos’’, continuou Mkwalo.
“Já vão quase dois meses desde que estamos em confinamento e distanciamento social. Durante este período, a vida tem sido muito difícil."
A comunicadora compartilhou que há escassez dos bens da primeira necessidade para as pessoas vulneráveis, e que a igreja, tem encorajado as pessoas a manterem-se calmas, mas orando e seguindo as orientações tanto do governo como da igreja durante este período crítico.
“Esta experiencia não é nada agradável. O pais, já tem quase 7.000 pessoas infectadas e mais de 130 que perderam a vida, vítimas desta pandemia”, explicou Mkwalo.
“Os pastores desta Conferência Anual, não medem forças para proclamar e ensinar a palavra”, afirmou Augusto Bento, comunicador na Conferência do Oeste de Angola.
“As Tecnologias de Comunicação e Informação (TICs) tem sido ferramentas ao alcance dos nossos líderes usadas para difundirem a palavra de esperança e solidariedade para os seus membros e para o povo Angolano” explicou Orlando da Cruz, comunicador na Conferencia do Oeste de Angola.
“Para tal, usam o Whatsapp (vídeo ou áudio), e Lives no Facebook. Outras plataformas usadas na conferência são o Zoom, Teamlink e a Rádio Kairos, a qual o nosso Reverendíssimo Bispo Gaspar Domingo tem usado para comunicar-se com a sua Área Episcopal”, concluiu da Cruz.
Na Conferência do Leste de Angola, o comunicador André Vieira explicou como a comunicação tem utilizado a tecnologia para alcançar os 7 Distritos.
“O nosso Reverendíssimo bispo José Quipungo tem se comunicado com a sua Área Episcopal através de chamadas telefónicas e emails”, disse Vieira.
“Esta área episcopal é formada por 7 distritos, sendo que um esta na República da Namibia”, concluiu Vieira.
“Como forma de manter a vida espiritual dos membros da igreja viva, o Gabinete Episcopal manda para a nossa Conferência textos bíblicos diários bem seleccionados que servem para reflexão para todas as famílias nos seus cultos domésticos diários", disse a Revda. Telma Ricardina, membro do Gabinete Episcopal na Conferência do Norte de Moçambique e Superintendente Distrital de Sofala.
“Agora, muitos membros da Igreja entendem que a igreja não é um edifício, mas pessoas”, disse Maria Mahave, falando à nossa reportagem depois do culto doméstico na sua residência.
Outro interlocutor que falou aos nossos microfones, foi o Rev. Xavier Nhanombe.
´´ No Distrito eclesiástico de Tete, para além dos cultos domésticos, temos sensibilizado os membros da igreja a continuarem com a prática de higiene individual para prevenir a propagação da COVID-19", disse Nhanombe, Superintendente Distrital de Tete.
A Conferência de Moçambique Norte, tem 8 distritos, embora a mesma tenha maior extensão geográfica em comparação com a sua congénere do Sul.
“Os cultos domésticos têm tido lugar todos os dias entre as 18h e 19h, onde cantamos, oramos, e juntos lemos a bíblia. A direcção dos cultos tem sido de forma rotativa entre os membros da nossa casa”, disse a senhora Maria Mahave.
Como resposta da actual situação de pandemia, dois hospitais da Metodista Unida na Conferência do Sul de Moçambique (Chicuque and Cambine), ambos em Inhambane, intensificaram esforços no combate ao coronavírus. Esses esforços são combinados com a resposta voluntária dos membros da igreja na produção e distribuição de máscaras caseiras, o que pode naturalmente reduzir os riscos de contágio e disseminação do COVID-19.
“Damos graças a Deus, por na nossa clínica em Cambine ainda não termos casos de COVID-19, porém medidas preventivas estão sendo tomadas, como ter sempre um balde com água e sabão e uma solução para a higienização das mãos para os utentes do hospital, assim que entram bem como quando saem”, disse Florence Kaying Kayimb, enfermeira e missionária dos Ministérios Globais e Coordenadora de Saúde Materno-Infantil em Cambine.
“Nós interrompemos as consultas externas e operações electivas, e damos espaço apenas para operações urgentes”, disse o Rev. Arlindo Romão Zunguze, director do Hospital Rural de Chicuque, segundo maior hospital na província.
“Esta medida foi recomendada pelas autoridades superiores, para evitar aglomeração de pessoas. Trabalhamos com pessoas que sofrem por doenças crónicas tais como HIV / AIDS, diabetes, Hipertensão, Tuberculose e consultas pré-natais.”
“Uma outra coisa que fazemos com grande enfâse é a educação à comunidade sobre os meios de prevenção, usando as línguas locais”, concluiu Zunguze.
Membros da IMUM em ação com produção e distribuição gratuita de máscaras
"Precisamos produzir máscaras que reúnam as especificações técnicas para a distribuição gratuita às pessoas mais vulneráveis”, disse Joaquina Filipe Nhanala, bispa da Área Episcopal de Moçambique.
Esta campanha da produção e distribuição gratuita de máscaras e produtos de higiene, está acontecendo na Conferência do Sul até hoje, na conferência de Moçambique Sul.
As Meninas de Cambine (MCs) tiveram iniciativa de produzir e distribuir máscaras à comunidade de Cambine, em Morrumbene.
“Como Deus habita em nós, sentimos e vimos que Ele chama por nós para estarmos de mãos dadas com a igreja no combate contra um inimigo comum e invisível. Com este simples acto, queremos contribuir na prevenção da propagação da COVID-19”, disse Irene Menete, membro das MCs.
Esta história foi produzida em colaboração com os comunicadores das Áreas Episcopais Lusófonas de África: Nandipha Mkwalo de África do Sul, Orlando da Cruz e Augusto Bento de Angola Oeste, André Vieira e João Nhanga de Angola Leste, Eurico Gustavo de Moçambique.
*Joao Filimone Sambo – Correspondente Lusofono em África do Serviço de Notícias da Metodista Unida.
Face a esta realidade, o povo chamado Metodista nas Conferências de Angola Leste e Oeste, África do Sul e as de Moçambique Norte e Sul, nunca cruzaram os braços no que diz respeito ao culto e adoração a Deus. Estes, encontraram uma forma e espaço de adorarem e servirem ao seu Deus, com a realização de cultos domésticos.
“Nós, respondendo ao estado de confinamento total, realizamos cultos domésticos”, disse Nandipha Mkwalo, membro e comunicadora da Conferência da África do Sul.
“Os nossos pastores têm partilhado sermões e outras orientações da Igreja, usando as plataformas WhatsApp, Zoom e Facebook, e isso é replicado pelos membros da Igreja Local, Distrito ou Conferência Anual dependendo dos casos’’, continuou Mkwalo.
“Já vão quase dois meses desde que estamos em confinamento e distanciamento social. Durante este período, a vida tem sido muito difícil."
A comunicadora compartilhou que há escassez dos bens da primeira necessidade para as pessoas vulneráveis, e que a igreja, tem encorajado as pessoas a manterem-se calmas, mas orando e seguindo as orientações tanto do governo como da igreja durante este período crítico.
“Esta experiencia não é nada agradável. O pais, já tem quase 7.000 pessoas infectadas e mais de 130 que perderam a vida, vítimas desta pandemia”, explicou Mkwalo.
“Os pastores desta Conferência Anual, não medem forças para proclamar e ensinar a palavra”, afirmou Augusto Bento, comunicador na Conferência do Oeste de Angola.
“As Tecnologias de Comunicação e Informação (TICs) tem sido ferramentas ao alcance dos nossos líderes usadas para difundirem a palavra de esperança e solidariedade para os seus membros e para o povo Angolano” explicou Orlando da Cruz, comunicador na Conferencia do Oeste de Angola.
Gaspar Domingos, Bispo Residente da Conferência de Oeste de Angola. Foto de Arquivo, de Orlando da Cruz
Na Conferência do Leste de Angola, o comunicador André Vieira explicou como a comunicação tem utilizado a tecnologia para alcançar os 7 Distritos.
“O nosso Reverendíssimo bispo José Quipungo tem se comunicado com a sua Área Episcopal através de chamadas telefónicas e emails”, disse Vieira.
“Esta área episcopal é formada por 7 distritos, sendo que um esta na República da Namibia”, concluiu Vieira.
“Como forma de manter a vida espiritual dos membros da igreja viva, o Gabinete Episcopal manda para a nossa Conferência textos bíblicos diários bem seleccionados que servem para reflexão para todas as famílias nos seus cultos domésticos diários", disse a Revda. Telma Ricardina, membro do Gabinete Episcopal na Conferência do Norte de Moçambique e Superintendente Distrital de Sofala.
“Agora, muitos membros da Igreja entendem que a igreja não é um edifício, mas pessoas”, disse Maria Mahave, falando à nossa reportagem depois do culto doméstico na sua residência.
Outro interlocutor que falou aos nossos microfones, foi o Rev. Xavier Nhanombe.
´´ No Distrito eclesiástico de Tete, para além dos cultos domésticos, temos sensibilizado os membros da igreja a continuarem com a prática de higiene individual para prevenir a propagação da COVID-19", disse Nhanombe, Superintendente Distrital de Tete.
A Conferência de Moçambique Norte, tem 8 distritos, embora a mesma tenha maior extensão geográfica em comparação com a sua congénere do Sul.
“Os cultos domésticos têm tido lugar todos os dias entre as 18h e 19h, onde cantamos, oramos, e juntos lemos a bíblia. A direcção dos cultos tem sido de forma rotativa entre os membros da nossa casa”, disse a senhora Maria Mahave.
“Damos graças a Deus, por na nossa clínica em Cambine ainda não termos casos de COVID-19, porém medidas preventivas estão sendo tomadas, como ter sempre um balde com água e sabão e uma solução para a higienização das mãos para os utentes do hospital, assim que entram bem como quando saem”, disse Florence Kaying Kayimb, enfermeira e missionária dos Ministérios Globais e Coordenadora de Saúde Materno-Infantil em Cambine.
“Nós interrompemos as consultas externas e operações electivas, e damos espaço apenas para operações urgentes”, disse o Rev. Arlindo Romão Zunguze, director do Hospital Rural de Chicuque, segundo maior hospital na província.
“Esta medida foi recomendada pelas autoridades superiores, para evitar aglomeração de pessoas. Trabalhamos com pessoas que sofrem por doenças crónicas tais como HIV / AIDS, diabetes, Hipertensão, Tuberculose e consultas pré-natais.”
“Uma outra coisa que fazemos com grande enfâse é a educação à comunidade sobre os meios de prevenção, usando as línguas locais”, concluiu Zunguze.
Membros da IMUM em ação com produção e distribuição gratuita de máscaras
"Precisamos produzir máscaras que reúnam as especificações técnicas para a distribuição gratuita às pessoas mais vulneráveis”, disse Joaquina Filipe Nhanala, bispa da Área Episcopal de Moçambique.
Esta campanha da produção e distribuição gratuita de máscaras e produtos de higiene, está acontecendo na Conferência do Sul até hoje, na conferência de Moçambique Sul.
As Meninas de Cambine (MCs) tiveram iniciativa de produzir e distribuir máscaras à comunidade de Cambine, em Morrumbene.
Esta história foi produzida em colaboração com os comunicadores das Áreas Episcopais Lusófonas de África: Nandipha Mkwalo de África do Sul, Orlando da Cruz e Augusto Bento de Angola Oeste, André Vieira e João Nhanga de Angola Leste, Eurico Gustavo de Moçambique.
*Joao Filimone Sambo – Correspondente Lusofono em África do Serviço de Notícias da Metodista Unida.